segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu quero o bom! Deus tem o melhor!

Eu quero o bom! Deus tem o melhor! “Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. E todo o povo o viu andar e louvar a Deus; e conheciam-no, pois era ele o que se assentava a pedir esmola à porta Formosa do templo; e ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera”. ( Atos 3:1-10) Temos diante de nós, um quadro que retrata perfeitamente bem os nossos desejos, anseios, necessidades e o que Deus tem para oferecer. Retrata o que a nossa capacidade permite fazer na realização destas necessidades e desejos; o que o mundo e a religião podem fazer e oferecer; e, o que somente Deus tem para dar. Ensina-nos que Deus tem coisas muito melhores para nos dar, bem melhores do que aquilo que desejamos. Todos queremos receber coisas boas, mas precisamos descobrir que Deus tem o melhor a oferecer, acima do que pedimos ou pensamos. Esta é a perspectiva que queremos ter na análise desta narrativa: O que temos buscado e necessitamos; o que o mundo tem a nos oferecer; o que a religião pode fazer; o que Deus tem para nos dar. Além é claro, de pensar em todos os princípios envolvidos no texto. Creio que, se os mesmos forem introjetados em nós pelo Espírito Santo, que guiou Lucas a registrar este milagre, certamente seremos capacitados a buscar o melhor de Deus, ao invés de nos contentar em receber as migalhas que o mundo e a religião tem para oferecer, ou, que somos capazes de conseguir por nossos próprios méritos. O que temos buscado e necessitamos O homem da história buscava o seu sustento nas esmolas que lhe eram oferecidas. Satisfazia-se em sobreviver, ainda que fosse da misericórdia alheia que lhe rendia migalhas. O que ele buscava e conseguia, parecia bom. Aparentemente supria as suas necessidades, mas o mantinha escravo da miséria, da incapacidade. Nem imaginava que havia algo melhor, antes, o que lhe parecia bom, impedia de pensar que pudesse ser melhor. Precisamos ir além e começar a pensar nas possibilidades de Deus como as nossas possibilidades e parar de nos contentar com aquilo que nos parece bom. O que podemos fazer por nossa própria conta O homem da história só podia buscar a solidariedade alheia que o conduzisse ao lugar onde pudesse esmolar e buscar sobrevivência. Ele nascera assim, vivia assim e pensava que morreria assim. Não via outra possibilidade, não sabia e nem podia fazer outra coisa. Certamente que todos desejamos e buscamos coisas boas. Mas o que somos capazes de fazer por nós mesmos nos mantém carentes e necessitados. É inadequado, e embora aos nossos olhos pareça bom, não é o suficiente, mas é o que sabemos fazer, é o que podemos fazer. Buscamos as migalhas, somos prisioneiros da nossa própria incapacidade. Tudo quanto podemos fazer em prol de nós mesmos, em termos físicos ou espirituais, não muda a nossa situação, não nos tira do lugar, não nos dá independência, não altera o círculo rotineiro em que nos encontramos, não muda o fato de que continuamos recebendo apenas as migalhas, esmolando do mundo sem poder nos levantarmos. O que o mundo tem a nos oferecer O homem da história recebia as esmolas que lhe eram dadas; às vezes muito, às vezes suficientes, às vezes nada. Mas assim sobrevivia. As pessoas já o conheciam, sentiam compaixão e, sempre que podiam, ajudavam-no. Certamente que o mundo só pode nos oferecer as migalhas que nos mantém prisioneiros da nossa miséria, pois é o que tem para oferecer. Parece bom, mas não nos transforma, não nos restaura, não nos muda. O mundo até tem sentimentos, compaixão, misericórdia, mas, todas as suas obras, tudo quanto tem e pode oferecer, é vão, é inútil, não satisfaz, senão momentaneamente. Tudo que o mundo pode fazer por nós e nos dar é um lugar onde possamos mendigar suas migalhas e compaixão. O que a religião tem a nos oferecer O homem da história era ajudado por pessoas solidárias, de boa ou má vontade; era colocado na porta de um Templo religioso, freqüentado por pessoas religiosas, piedosas, cheias de compaixão, que buscavam a Deus, solidárias, humanas. Era o lugar perfeito para se esmolar. Ainda hoje se usa esta prática em alguns locais. Parece que aprenderam com este homem. É pena não terem encontrado ainda a Pedro e a João. É interessante pensar que o homem era levado à porta do Templo, ao lugar onde pessoas religiosas e piedosas freqüentavam. Aqui podemos aprender mais uma lição. A religião, também não é capaz de nos transformar. O máximo que ela pode fazer por nós, é ter compaixão e piedade, usar a benevolência e a solidariedade para aliviar algo do nosso sofrimento, mas não pode nos transformar, não pode nos restaurar, não pode nos curar. Ela não nos leva a andar com as próprias pernas, antes, nos permite esmolar às suas portas. O Que Deus tem para nos dar O homem da história recebeu de Deus, através dos seus servos, os apóstolos, a cura e o restabelecimento da deficiência que tinha desde o ventre da mãe. Foi curado e salvo. Teve um encontro com Deus; pôde conhecer o que é gratidão e louvor; pôde levar outros a Deus; pôde dar seu testemunho. Teve liberdade, independência, até para fazer algo que não tinha tempo nem condição, apesar de estar tão perto, que era entrar no Templo para orar, como as demais pessoas. Isto sim é o que precisamos. Deus quer e pode nos restaurar, nos capacitar, nos dar a liberdade, a independência, nos curar e restabelecer, e isto Ele faz. Quando estamos querendo as migalhas, Ele vem para nós com Sua cura, nos resgata, nos redime, nos torna gente, homens e mulheres de verdade. Ele tem, Ele pode, muito mais do que pedimos ou pensamos, muito mais do que podemos esperar. As bênçãos de Deus sempre vêm em abundância. Ele tem o melhor para nos oferecer. O que queremos ou pedimos é bom, mas Deus tem o melhor. Eu quero o bom! Deus tem o melhor!

Eu quero o bom! Deus tem o melhor!

O grande mal da ansiedade

O grande mal da ansiedade Mateus – 6 – 25 : 25 A palavra ansiedade, na língua grega, significa estrangulamento. A ansiedade nos tira o oxigênio, corta o nosso fôlego e nos asfixia. Ela rouba nossas forças, embaça nossos olhos e tira de nós a perspectiva do futuro. A ansiedade é um mal que atinge a todos, pobres e ricos, doutores e analfabetos, homens e mulheres, adultos e crianças. A pressão da vida moderna, a falta de comunicação no lar, o isolamento das pessoas e a ausência da comunhão com Deus abrem a porta para a ansiedade. Jesus nos alerta a não vivermos ansiosos com respeito ao dia de amanhã, quanto ao que havemos de comer, beber ou vestir (Mt 6.25). Não administramos o futuro, por isso não podemos sofrer por alguma coisa que ainda está para acontecer. A ansiedade é inútil, pois além de não nos ajudar a resolver o problema amanhã, ela nos enfraquece hoje. A ansiedade é incoerente, pois muitas vezes sofremos hoje por algo que jamais vai acontecer. E se tivermos de enfrentar um problema, a ansiedade nos leva a sofrer duas vezes, pois sofremos antes e quando o problema chega, vamos ter que encará-lo novamente. A ansiedade é um ato de incredulidade. Ficamos ansiosos porque duvidamos que Deus é poderoso e suficiente para cuidar da nossa vida. Onde a ansiedade se instala, a fé não tem mais espaço. Jesus nos ensina que a criação de Deus é um antídoto contra a ansiedade. Os pássaros não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros, mas Deus os alimenta. Os lírios do campo se vestem garbosamente e eles não trabalham nem fiam, no entanto nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles (Mt 6.28,29). O apóstolo Paulo diz que não devemos ficar ansiosos por coisa alguma, antes devemos apresentar a Deus em oração nossas necessidades (Fp 4.6). O apóstolo Pedro diz que devemos lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7). Davi nos ensina a receita para a cura da ansiedade. Ele diz que devemos nos agradar de Deus, sabendo que ele é poderoso para satisfazer os desejos do nosso coração (Sl 37.4). Temos que ter a coragem de entregar nosso caminho ao Senhor, confiar e descansar nele, sabendo que ele tudo fará por nós (Sl 37.5,7). O mesmo Deus que está na sala de comando do universo também dirige a nossa vida. Nossas crises não o apanham de surpresa. Ele conhece nossas necessidades antes mesmo que as apresentemos a ele. Nós valemos mais que as aves do céu e os lírios do campo. Ele jamais vai desistir de completar sua obra em nós. Se ele nos permite passar por situações difíceis isso não significa ausência de amor nem falta de cuidado, mas ação pedagógica para esculpir em nós o caráter de Cristo. Deus está trabalhando em nós e nos transformando de glória em glória para refletirmos a imagem do seu Filho. Todas as coisas que se nos vêm são trabalhadas pela providência divina para o nosso bem último e maior (Rm 8.28). Não deixe seu coração ficar prisioneiro da ansiedade. A Bíblia diz que “a ansiedade no coração do homem o abate” (Pv 12.25), mas “o ânimo sereno é a vida do corpo” (Pv 14.30). Diz a Escritura: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17.22). Descanse em Deus. Tire os seus olhos das circunstâncias e ponha-os naquele que está acima e no controle das circunstâncias. Não entre na caverna da depressão, mas diga à sua própria alma: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.11).

Cães Mortos

Cães Mortos Texto Bíblico: 2Sm 9.1-8 Introdução: Para quem não conhece a historia de Mefibosete, nasceu em berço esplêndido, da linhagem de real, príncipe por excelência, mas quando pequeno da idade de cinco anos, a sua ama, sabendo da morte de seu Rei Saul e de Jonatas, pegou o menino e fugiu e na pressa além de ser aleijado dos pés, caiu e ficou manco. (2Sm 4.4). Conta-se a história secular que na época de reis, quando um rei batalhava contra um outro e vencia , logo todos os seus familiares também eram mortos, para não haver conspiração e nem sucessão ao trono. A linhagem passaria a ser do novo rei e de toda a sua família. Quando Davi reinou, a ama de Mefibosete fugiu para Lo-Debar, cujo significado é “sem palavras”, “sem pasto”, “terreno deserto”, certamente ali Mefibosete viveria em silêncio e esperando a morte chegar, por causa do novo Rei. Esta historia ainda bem que não acaba assim, Davi foi benevolente para com a descendência de Jônatas e sabendo que existia um herdeiro vivo, mandou imediatamente chamar e restituir tudo o que lhe era devido. Mefibosete foi tratado pelo rei com todas as demonstrações de ternura e de bondade, e desde então residiu na capital. (v.7). A vida de Mefibosete é um retrato da nossa própria existência. E, como ele, nós também fomos criados para sermos príncipes. Não devemos nos contentar com a vida árida do deserto, visto que fomos criados para a abundância e para a dignidade. Os Atos de Bondade de Davi Os atos de bondade de Deus são à base da nossa salvação. A Sagrada Escritura diz: “Certamente que a bondade e misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor por longos dias.” (Sl 23.6). Quais São os Atos de Bondade de Deus Para Conosco? Os atos de bondade de Davi para com Mefibosete formam um impressionante paralelo com os atos de bondade de Deus para conosco. 1- A Busca. (vv.1-4). Davi busca Mefibosete descendente de Jônatas para “que lhe faça bem”, restaurando-lhe os terrenos de Saul e deixando-o comer continuamente à mesa do rei. A “Casa de Saul” era inimiga da “Casa de Davi” e, contrariando os “costumes” daquela época, que era o de matar todos os descendentes do rei deposto (para evitar futuras reivindicações ao trono), Davi, por causa da sua aliança com Jônatas, busca seus descendentes para os abençoarem. De modo semelhante, nós, pecadores, também éramos inimigos de Deus (Rm 5.10), mas Jesus também veio nos buscar para nos salvar e nos abençoar. (Mt 11.28; Lc 19.10). 2- O Chamado. (vv. 5-6). Davi mandar chamar Mefibosete à sua presença. Os atos de bondade de Davi para com Mefibosete formam um impressionante paralelo com a grandiosidade do Chamado de Deus para as nossas vidas. O chamado de Deus hoje: • É um Chamado Pessoal. (Is 43.1; Lc 19.5; At 9.15). • É um Chamado Universal. (Mt 11.28). • É um Chamado que Resulta em Grande Alegria. (At 16.34). 3- A Restituição. (v.7). Davi restitui a Mefibosete tudo que era de seu pai e avô. Satanás rouba, mata e destrói. Jesus dá vida em abundância (Jo 10.10). Jesus restaura o homem e sua vida, família, paz, alegria, saúde, dignidade. O Senhor promete nos restituir: • A Prosperidade Perdida. (Jó 42.10). – “E o Senhor virou o cativeiro de Jó… e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía.” • Tudo em Dobro. (Zc 9.12). – “Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro.” • A Sorte do Seu Povo. (Sl 126.3). – “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso, estamos alegres.” • A Nossa Saúde. (Jr 30.17). – “Porque restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas, diz o Senhor…” • A Nossa Justiça. (Jó 33.26). – “Deveras, orará a Deus, que se agradará dele, e verá a sua face com júbilo, e restituirá ao homem a sua justiça.” • A Alegria da Salvação. (Sl 51.12). – “Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.” 4- A Glorificação. (v.8). Davi convida Mefibosete para assentar-se à sua mesa permanentemente. Mefibosete é integrado à corte e assenta-se à mesa do rei na condição de príncipe de Israel. De igual modo, nós, “cães mortos”, “coxos”, também somos convidados à mesa do Senhor. • Como Filhos de Deus. (Jo 1.12). – “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus…” • Como Herdeiros de Deus e Co-herdeiros de Cristo. (Rm 8.17). • Como Bem-aventurados. (Ap 19.9). – “… Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro…” • Como Abençoados pelo Senhor. (Ef 1.3). – “… o qual nos todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” Resumo: Os atos de bondade de Deus são à base da nossa salvação, pois, à semelhança de Davi com Mefibosete, Jesus buscou, chamou, restituiu e também glorificou o pecador.